Com um ano e nove meses, de repente, aquele bebê doce, simpatico e risonho se transformou em um ser cheio de vontades, teimosias e desejos.
Suas frases não são muitas, mas são precisas: “sai dai”, “a lá” (olha lá) e as ordens são bem contundentes: “NÃO”, “TIRA”, BÍ (subir) “ABOU” (acabou) “SHUCO”, BOLO!
Você descobriu o poder da palavra NÃO e, ao mesmo tempo, começou a dar verdadeiros escandalos ao ser colocado no cadeirão, ao trocar a fralda, trocar de roupa, entrar e sair do banho, ao ser colocado e retirado do carro, ao ser colocado para dormir e em toda e qualquer situação cotidiana e corriqueira que levemente te contrariar.
Há muito não topa ficar no carrinho, nem que seja por dez minutinhos. Na verdade, não aceita nem mesmo entrar na sala de ginástica do prédio.
Outro dia, no meio da praça, abriu o berreiro porque não te deixamos subir uma longa e perigosa escada. Agarrou o cabelo da mamãe berrando como um louco e o papai veio socorrer o que só fez aumentar o escândalo e os olhares curiosos de todos que passavam por lá .
Poucos dias depois você se deitou no elevador gritando e batendo as pernas, até que a porta abriu e entrou um vizinho deixando o papai e a mamãe com cara de tacho e sem a menor idéia do que fazer. Se ignorarmos, seremos classificados como negligentes e permissivos que não sabem educar. Se interviermos duramente, receberemos olhares desaprovadores por estarmos sendo tão duros com esse tão ‘encantador’ bebê de cachinhos dourados.
Saber que as birras fazem parte do desenvolvimento normal de toda criança não torna mais fácil lidar com elas e a palavra de ordem nessas últimas semanas tem sido paciência! Enquanto isso vamos nos divertindo com seu crescente vocabulário:
Bêbela – borboleta
Popoco – hipopótamo
Popota – porta
Mimino – menino
Mimina – menina
Coucou – cocõ
lão - violão
Quejo – queijo
Nela - janela